Este mel tem na sua composição a presença dominante do néctar da flor de Samacalo. Esta planta era muito famosa e usada pelos Herbalistas em ungentos para tratar feridas de guerra. Para quem gosta destes assuntos deixo outros nomes populares para facilitar as pesquisas. Nomes usados pelos nosso vizinhos espanhóis, "Alicates de olor", Espuela de Adonis", "Lilinaria olorosa", em Galego "Entrelaceira", em Castelhano "Currallotodo". Em França é conhecida por Muflier à feuille de Pâquerete.
A segunda planta mais dominante é a Sesamoides, também conhecida por Estrelêta, Estrelita, Reseda parda ou reseda de fruto estrelado. Esta planta é bastante comum em Trás-os-Montes, com época de floração entre abril e junho. Aparece em maior densidade em zonas não cultivadas (lameiros e prados) normalmente onde ação do homem é menos sentida.
A terçeira planta mais presenta mas não menos importante é a Genista tipica das montanha de Trás-os-Monte chamada pelo povo de Giesta- pioneira, Piorno-dos-Tinteiros ou apenas Giesta. Os montes ficam literalmente pintados de amarelo entre março e julho. Nesta época as abelhas são fortemente atraídas pela cor amarela das petalas e o seu aroma inconfundível. Em tempos não muito distantes devido a sua grande resistência a Giesta era utilizada para fazer vassouras para as casas rurais e fornos comunitários.
Variedade polinica presentes no mel do Vale:
- Anarrhinum bellidifolium 47%
- Sesamoides spp. 19%
- Genista 16%
- Lavandula stoechas 8%
- Castanea sativa 2%
- Capsella bursa-pastoris 1%
(Restantes valores muito baixos)